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Webmagazine and record label on underground house music & contemporary jazz. We're about music released by independent artists and labels.

Content

Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Jazz

notas

Francisco Espregueira

Dois dos mais geniais músicos da cena jazz londrina. Os dois nas teclas.

Kamaal Williams - também conhecido como Henry Wu - aparece a solo com "Catch The Loop". No seguimento do brilhante projeto Yussef Kamaal, juntamente com o baterista Yussef Davies, é acompanhado por outros virtuosos. O seu novo single é uma viagem inter-galáctica.

Com sonoridades mais calmas, nota para "Go See" de Joe Armon-Jones. Depois do aclamado "Idiom" com Maxwell Owin, o pianista britânico é parte de um projeto com vários promissores artistas, editado pela Brownswood Recordings de Gilles Peterson. "We Out Here" sai dia 9 de Fevereiro e introduz, para quem não conhece, elementos da nova cena jazzística de Londres.

hiroshi sato: orient

Francisco Espregueira

Muito aguardado, aproxima-se a release date da obra-prima de Hiroshi Sato, pela WeWantSounds. Originalmente lançado em 1979 na Kitty Records, apenas no Japão, "Orient" é agora digitalmente remasterizado das fitas originais. Hiroshi Sato é acompanhado por alguns dos melhores músicos japoneses da época, enquanto orquestra toda o cenário através dos seus teclados e sintetizadores ultra-raros.

"Orient" é uma das obras mais procuradas em todo o mundo. É uma mistura soberba da synth-pop japonesa com um toque subtil das sonoridades típicas de meados dos anos '70. Uma raridade, este LP, tem vindo a ser trocado nos últmos anos a preços astronómicos. A WeWantSounds lançará a 2 de Fevereiro o álbum em CD e edição LP de luxo. "Orient" inclui faixas de culto como "SonGoKu" e "Do-Jo". Para coleccionadores.e aficionados.

  • 01 - カリンバナイト [Kalimba Night]
  • 02 - 孫悟空 [Songokū / Monkey King]
  • 03 - 月の子の名前はレオ [Tsuki no ko no namae wa Reo / The Name of This Month's Child is Leo]
  • 04 - ドンカマ [Donkama]
  • 05 - 浄土 [Jōdo / Pure Land]
  • 06 - 空飛ぶじゅうたん [Soratobu jūtan / Flying Carpet]
  • 07 - ピクニック [Picnic]
  • 08 - ひかる風 [Hikaru kaze / Glowing Wind]

feelgood experiment

Francisco Espregueira

Diretamente de Bristol para o Sótão - Feelgood Experiment e todo o jazz que o EP de estreia contém em si. São sete faixas que vão crescendo e que fazem ainda mais sentido quando escutadas juntas. Pela progressividade que têm, pelo ritmo que impõe e retiram com mestria, sempre trazendo um toque especial através da voz de quem as canta.

As harmonias e velocidades vão se alterando ao longo do EP... de "Church" a "Maya", de A a Z. Passando por "Osprey" que tem duas caras, por "Onocee" que desliga as luzes e toca no escuro e por interlúdios com sensações improvisadas, mas coerentes com o conjunto. A última faixa, e single do projeto, é uma ode à poeta e activista Maya Angelou. Um tributo a todos os que demonstram força perante a opressão.

E por aí escutamos Feelgood Experiment. Com este EP de qualidade e partilhando palcos com nomes como Alfa Mist, Ezra Collective, Oscar Jerome, entre outros. Por aí a entrar na cena jazz vibrante que se vive por terras britânicas.

Holly Wellington - Vocals
Alfie Grieve - Trumpet
Russ Machin - Guitar
Henry Binning - Keys
Ollie Horne - Bass
James Vine - Drums

nubya garcia: "nubya's 5ive"

Francisco Espregueira

Um dos mais interessantes projetos de 2017 chega pelo sopro genial da saxofonista e compositora baseada em Londres, Nubya Garcia, que edita a sua primeira compilação de músicas a solo, depois de uma série de colaborações de alto-nível. "Nubya's 5ive" é uma colecção calorosa e calmante de faixas (cinco, de facto, com a sexta a ser um extra) que trazem ecos de jazz misturado com toques de R&B e hip hop. Aqui e ali. No geral, trata-se de uma magnífica exibição de virtuosismo guiada por uma orientação esplêndida que poucos band-leaders conseguiriam hoje.

García lidera, e bem, a excelência dos intrumentistas que a acompanham em "Nubya's 5ive". É malta que se conhece, trabalhando nos projetos um dos outros ao longo dos últimos anos. O cruzamento de todos estes jovens players do UK é a chave para criar e manter uma cultura musical. Algumas dúzias de músicos que trabalham simultaneamente dentro de uma determinada localização geográfica, participando mutuamente nas aventuras de cada um. Obviamente, nada de novo no jazz.

E, de facto, em alguns lugares do mundo o futuro aparenta ser brilhante. No Sótão, com o saxofone de Nubya. Enjoy.

Joe Armon-Jones / Piano (todas as faixas) 
Moses Boyd / Bateria (todas as faixas) 
Daniel Casimir / Baixo (todas as faixas) 
Femi Koloeso / Bateria (faixas 1, 3, 6) 
Sheila Maurice-Grey / Trompete (faixa 1) 
Theon Cross / Tuba (faixas 3, 6)

Nubya García / Saxofone.

notas

Francisco Espregueira

Como habitual, as editoras independentes Londrinas têm vindo a introduzir muita novidade na indústria da música. Por vezes despercebidas no meio de tantas luzes, a elas é devida uma boa quota-parte daquilo a que se chama, com fundo de razão, "influenciar". Originalidade em tons de jazz e soul é o que se segue nestas notas nocturnas.

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1973: Sun Ra grava "Space Is The Place". Mais tarde seria considerada como uma das mais avant-garde experimentações de jazz dos tempos modernos. Em 2017, os Ezra Collective têm na sua versão de "Space Is The Place" o melhor resultado das sessões que nos trouxeram o seu último álbum "Juan Pablo: The Philosopher".

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Os australianos 30/70 têm um novíssimo trabalho nas prateleiras editado pela estabelecida Rhythm International. "Elevate" tem vários pontos altos. Falei deles um pouco por aqui. A faixa de abertura, "Slangin", é uma introdução brilhante, definindo o tom e consistência ao longo das seguintes.

joe armon-jones & maxwell owin: "idiom"

Francisco Espregueira

Joe Armon-Jones & Maxwell Owin apresentam "Idiom". A primeira faixa, "SE Discotheque", inicia com uma voz a descrever uma disco de Southeast London. O ritmo começa por crescer até se sedimentar no ouvinte ao longo dos 20 minutos que se seguem no álbum. Ambos os tipos são neste momento parte integrante da crescente cena de broken-beat e jazz do Sul de Londres. Quem por lá viver, conviverá de perto com as mais maravilhosas novas criações que o mundo da música tem produzido. "Idiom" é uma delas, e é o primeiro projeto deste duo.

Resultado de múltiplas colaborações debaixo do comando de Joe e Maxwell, "Idiom", apresenta ao Sótão Nubya Garcia, Oscar Jerome e Jake Long. Nomes que passarão a ser seguidos com especial atenção. Porque quem se junta para fazer parte dos bons projetos, provavelmente também os terá. É com piada que penso no momento em que conheci Maxwell Owin. A destruir nas batidas que MC Pinty decorava com as suas palavras e com a sua voz - um tanto ou quanto parvas, mas de qualidade distinta. (Esse vídeo é história!)

E está tudo relacionado. As sonoridades estão lá. A volta dada a elas é que é diferente, com muita influência do house, das batidas quebradas e do piano de Joe Armon-Jones. Mas no fundo, e insisto, é a cidade. O idioma. E este é um talentoso trabalho de dois dos mais excitantes jovens-artistas que o falam.

yussef kamaal: "black focus"

Francisco Espregueira

yuseff kamaal black focus jazz hip hop soul london album 2016

Yussef Kamaal é um duo londrino, moldado pelos sons da cidade. Crescendo na capital a sua sonoridade é profundamente inspirada nas transmissões carregadas de baixos das rádios piratas de Londres. Em 2016 editaram, pela Brownswood Recordings, "Black Focus", com um som destilado do entrelace entre o piano, de Kamaal Williams, e a bateria, de Yussef Dayes.

It’s all about the drums and the keys. That's where it all originates from: the chords, the rhythm of the chords and the drums." Com uma boa dose de improviso e da genialidade inerente a quem o alcança com suavidade, "Black Focus" é resultado de uma conexão espontânea - levada dos live shows para o estúdio. Resultado também, do zumbido da selva urbana, suja e de batida quebrada, de Londres.

O vídeo que se segue é "Black Focus" na sua totalidade. O clique no play é entrar num mundo à parte.

teal

Francisco Espregueira

De A-Z. O Sótão totalmente sintonizado com "Teal" de Benaddict, Slim & Ella Mae.

O preview de um dos melhores projetos de 2017, AQUI.

notas

Francisco Espregueira

Tiro notas e no Sótão, bem alto, tocam estas duas. Vou intercalando entre elas. Ás vezes chego-me a outras, mas estas duas são as que resistem mais, num mundo com tanta escolha.

O duo Yussef Kamaal lançou no ano que passou um dos projetos mais surpreendentes que tenho escutado. "Black Focus" tem o mesmo nome do álbum que abre. É uma introdução sublime...

It’s all about the drums and the keys. Not to take anything from anyone else, but that’s where it all originates from

"The Epic" é um dos mais aclamados LP's do cenário jazz, hip-hop e r&b. "Re-Run", a sua oitava faixa, é uma viagem sonora pela genialidade de Kamasi Washington, que comanda o seu saxofone e uma virtuosa banda rumo à glória.

And the story ‘The Epic’ tells, without words but rather through some combination of magic, mastery, and sheer force of imagination...

benaddict, slim & ella mae: "teal"

Francisco Espregueira

"Teal" é um projeto colaborativo de 3 artistas que no saudam do sul de Inglaterra. Benaddict - que acabou de lançar o seu primeiro LP a solo -, Slim & Ella Mae - que já se tinham associado numa compilação de Gilles Peterson - combinam talento e constroem juntos este LP de 12 faixas transbordando soul com tonalidades de jazz.

Acende-se um cigarro para fazer uma nota: este preview gera algo de muito emocionante no Sótão.

Editado pela Village Live Records, que vem ganhando força como uma das criativas coletividades na cena underground musical britânica, é mais um álbum de grande nível deste 2017. Com uma edição limitada a 300 cópias, já voou das prateleiras antes de lá ter chegado - sai a dia 28/08. Uma das últimas faixas do LP, "Teal", com o mesmo nome do álbum, é a primeira completa a ser lançada. Expectativa pelos próximos dias e por mais releases.

Slim orquestra o instrumental com produções de assinatura. Benaddict e Ella Mae dão-nos conteúdos e vozes do fundo das suas almas. Uma mix do próprio álbum, da autoria de Evil Ed, serve de provocação injusta. Em 11 minutos, fica a impressão de que não se pode esperar nem mais um segundo. Repletos de batidas profundas, linhas de baixo carregadas, melodias melancólicas, letras conscientes. Um amor à primeira vista.

terrace martin presents: the pollyseeds - "sounds of crenshaw vol. 1"

Francisco Espregueira

Durante mais de uma década, o produtor e multi-intrumentalista Terrace Martin foi a ligação do jazz da costa oeste americana com o seu hip hop. O "missing link" entre artistas como Kendrick Lamar (para quem trabalhou em inúmeras músicas) e Snoop Dogg com outros como Robert Glasper. "The Sounds of Crenshaw Vol. 1" é nos introduzido por ele. E traz uma das faixas do momento.

"Intentions" é a perfeição de um churrasco ou de uma festa. É um hit com força, impossível de não disfrutar. Chachi faz o seu rap com uma suavidade e uma onda difícil de bater. O vídeo é a representação de tudo isto.

don’t mind my bad intentions...
but you have my attention

"Sounds Of Crenshaw Vol. 1" vai sendo descoberto agora. Nos campos do Jazz, do R&B e do Neo Soul com colaborações fortíssimas, ou não fosse ele, Terrace Martin, uma grande colaboração em tantos outros projetos.

alfa mist : 'antiphon'

Francisco Espregueira

Ao piano, as composições de "Antiphon" abrilhantam o que rodeia. Denso, sombrio, palpitante. Uma agridoce melancolia que é deixada em 8 longas faixas cheias de jazz com toques aqui e ali de hip hop e soul, a fazerem lembrar o mestre Robert Glasper. Criado à volta de conversas que nutrem a alma, Alfa Mist mistura neste álbum, verdadeiramente poderoso, as suas influências.

De "Antiphon" retiro para aqui as três que mais marcaram as primeiras audições, sabendo que o valor do mesmo está na reprodução ininterrupta das oito músicas que o compõem. A primeira introduz o estilo transversal ao álbum, com a melancolia, tão sua, presente em dez minutos edificantes. "Keep On" leva a que, na minha imaginação, chova lá fora e que as gotas escorram pela janela...

"Potential" segue uma conversa que aborda família, relações e crescimento pessoal. O instrumental tem umas vozes que vão acentuando a emoção enquanto a escuto. Essa já tem um lugar aqui neste Sótão... Para que não me esqueça de voltar a ela. A sexta, "Kyoki", é companhia para a alma vagabunda, que se arruma pouco a pouco, enquanto toca. Outro exemplo de harmonia irrepreensível entre os instrumentos.

Com um belíssimo "Antiphon", Alfa Mist chegou-me para os últimos dias, sabendo que muito haverá por descobrir nos cantinhos das suas composições. Em baixo a totalidade de um dos melhores álbuns que tive a oportunidade de ouvir desde o início do ano. Enjoy.

saib.

Francisco Espregueira

Guitarrista e beatmaker de Casablanca, Marrocos. saib. Presença habitual nas playlists que vou fazendo semanalmente. Um estilo próprio nas ondas do Jazz, da Bossanova e do Hip Hop instrumental. Uma das sensações no Soundcloud (com mais de 15k seguidores), que se prepara para lançar um EP com a francesa Hip Dozer Records. Dia 10 lá estarei, imaginariamente à porta da loja para o ouvir.

"Buena Vista" será, provavelmente, a sua release mais trabalhada até ao momento. Desde 2015 que é um músico ativo, aparecendo recorrentemente nos meus labirintos musicais. O EP contará com seis músicas, que têm sido lançadas aos poucos. Gota a gota. As quatro que se conhecem fazem antever algo de muito positivo. Em baixo elas seguem. As minhas preferidas, "Pablo" - com uma introdução à Escobar - e "I Wanna Know" - que incorpora a queen Badu suavemente...

Do Sótão pró infinito com saib. Parei em Casablanca e trouxe isto.

throwback #11

Francisco Espregueira

Comecei a coleção 'Miles Davis' com "Doo-Bop". Groove inexplicável. Uma das músicas da minha vida, "The Doo-Bop Song", foi a porta de entrada para este álbum, que anos depois, tive a presença de espírito de adquirir.

A little taste of bee-bop sound
with the backdrop
of doo-wop
and this is why we call it
the doo-bop

Miles Davis - The Doo Bop Song (feat. Rappin' Is Fundamental)

E agora mais duas. A 1. e 8. do álbum. Percebi que já as tinha ouvido noutras músicas, noutros artistas influenciados pela trompete de Miles. Por todo este groove orientado para o hip-hop.

Miles Davis - Mystery

Miles Davis - Duke Booty

FREDFADES & EIKREM

Francisco Espregueira

Dois tipos Noruegueses. Fredfades nas batidas, Eikrem na trompete. A crew da Mutual Intentions é fortíssima... uma colectividade de artistas baseada em Oslo que anda a invadir este Sótão! Ivan Ave e Yogisoul são dois dos elementos que já tive o prazer de recomendar! Mas eu sou um dealer que respeita o fornecedor... Pessoal da Mutual Intentions será sempre bem-vindo.

Fredfades anda aí a fazer-se como um dos mais genuínos produtores jazzy, juntando-se ao talento do trompetista Kristoffer Eikrem para lançar em Outubro passado o projeto "Jazz Cats". As sonoridades complementam-se... misturam-se gentilmente neste formato... os ritmos de Fredfades e a suavidade da melodia imposta por Eikrem.

"Jazz Cats" é daquelas peças que recomendo ser ouvida do início ao fim. Sem interrupção. A lista aí em baixo é um género de nota introdutória. Um cheirinho para vos convecer a vir a este link aqui e começar na "Intro"!

Assim como um farmacêutico, sou um tratado em posologias. Peço desde já desculpa por isso.

CASSSANDRE

Francisco Espregueira

Algo diferente. Casssandre é uma cantora belga que enche as quatro paredes do Sótão. Rodeada de uma talentosa banda, controla os momentos. Mesmo sem ter aquela voz poderosíssima, canta e encanta. Sempre em Françês. Deparei-me com "Sifflant Soufflant" através de um remix da autoria de ShunGu, que já foi passando por aqui, e só tive que investigar quem estava ali com aquela voz, com aquelas pausas tão bem medidas, com aquela melodia. Aquela melodia.

Encantador "GODDY GOD (was a motha fucka)", segundo EP desta belguinha. Campo jazz, entoado com alma, os minutos das seis músicas passaram por mim flutuando. Fiquem com dois vídeos, ao vivo, e com o link para a paz, em forma de melodia. Aí em cima. Merece play...

Encantadora. Este sonho de Casssandre. Com três s's.

Casssandre - Sifflant Soufflant

Casssandre - Les Géants