june '18: recap #2
Francisco Espregueira
The second recap of June summarizes the best sounds that cruised around here during this month. For now, 61 tracks that can please different moods and tastes.
Read MoreUse the form on the right to contact us.
You can edit the text in this area, and change where the contact form on the right submits to, by entering edit mode using the modes on the bottom right.
Rua Álvaro Gomes, 89, 4º Esq
Porto
Portugal
+351916574834
Webmagazine and record label on underground house music & contemporary jazz. We're about music released by independent artists and labels.
Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes
Filtering by Category: Neo Soul
The second recap of June summarizes the best sounds that cruised around here during this month. For now, 61 tracks that can please different moods and tastes.
Read More30/70 treat us with a follow up to their critically acclaimed LP Elevate. Entitled Elevations, the EP sees songs from Elevate revamped, chopped, and stitched together by artists close to the Rhythm Section International label from London, Sydney and Paris.
Read MoreConnection Paris - Berlin. Bluestaeb just released his third solo album Everything Is Always a Process, a smooth Neo Soul-induced epic featuring artists such as Noah Slee, Harleighblu, S. Fidelity and Melodiesinfonie, via one of the best music houses in Europe - Jakarta Records.
Read MoreBanoffee Pies Records is about to drop Samba Del Sol by Clifford Brown & Jeen Bassa ft. Ella Mae Sueref. The album is influenced by carnival and latin sounds with hip hop drums and soul roots.
Read MoreThe first recap of June comes before some crucial releases that are coming our way. Very soon we'll be listening to new stuff from Kiefer, Bluestaeb, Ol' Burger Beats, Iman Magnetic or Havana Cultura. We take this chance to introduce these new projects to you.
Read MoreVancouver producers and multi-instrumentalists Nick Wisdom and Astrological make up Potatohead People. Their latest LP, Nick & Astro's Guide To The Galaxy, is truthful to their signature sound, drawing influences from 90’s boom-bap, future soul, classic jazz, deep house and boogie/funk.
Read MoreThe London underground scene is evident in Xover. And we're all over Blue Lab Beats at the moment. It took some time until we were relaxed enough and peacefully listening to this amazing first full-length album that sums up a couple of years of original creations.
Read MoreWith more than three years of history o sótão has been a secret platform dealing some of the highest carat underground music released by independent artists and labels. It focuses on music made by people that understand it or play it on a superior level.
Read MoreComo habitual, as editoras independentes Londrinas têm vindo a introduzir muita novidade na indústria da música. Por vezes despercebidas no meio de tantas luzes, a elas é devida uma boa quota-parte daquilo a que se chama, com fundo de razão, "influenciar". Originalidade em tons de jazz e soul é o que se segue nestas notas nocturnas.
»»
1973: Sun Ra grava "Space Is The Place". Mais tarde seria considerada como uma das mais avant-garde experimentações de jazz dos tempos modernos. Em 2017, os Ezra Collective têm na sua versão de "Space Is The Place" o melhor resultado das sessões que nos trouxeram o seu último álbum "Juan Pablo: The Philosopher".
»»
Os australianos 30/70 têm um novíssimo trabalho nas prateleiras editado pela estabelecida Rhythm International. "Elevate" tem vários pontos altos. Falei deles um pouco por aqui. A faixa de abertura, "Slangin", é uma introdução brilhante, definindo o tom e consistência ao longo das seguintes.
A First Word Records estará concerteza cheia de orgulho em apresentar "The Story So Far...". Diretamente de cena musical de Manchester, os Children of Zeus regressam ao Sótão com um EP de qualidade nas ondas do hip hop e da soul music.
Os Children of Zeus iniciaram finalmente o processo de criar um álbum. Este EP é a compilação do que foi produzido por Konny Kon e Tyler Daley durante a última década, que os fez ganhar uma base de seguidores e que introduz o que se segue para quem ainda não os conhece. Contém novas faixas - muita onda em "Smoke With Me", poder em "Crown". As fan-favorites, como "Still Standing" e "No Strings Attached" seguem junto. Tudo compilado numa colecção de música hip hop e soul repleta de pureza.
O primeiro álbum, com novas, cairá algures por 2018.
Esta colecção é o fim do primeiro capítulo. É o prólogo.
No tempo certo, esta é a história até agora. Em vinil e digital.
Um quinteto de Melbourne chega ao Sótão. 30/70 é uma colectividade de artistas, cheia de liberdades artísticas, que procura brilhar a partir da solarenga costa sul australiana, graças a um novo álbum - "Elevate" - que está prestes a ser lançado pela londrina Rhythm Section Intl. Data: 27 de Outubro. Umas vibes de Nai Palm e Hiatus Kaiyote; Joe Dukie e Fat Freddy's Drop; J Dilla e o seu boom bap. Explorando harmonias.
Com muitos singles, EP's, mini LP's e colaborações celebradas ao longo dos últimos anos "Elevate" é o primeiro passo no território dos álbuns. E que forma de arrebatar tem "Steady Hazin", single de promoção do que vem aí. A intro perfeita para um LP que, quem ouviu, diz que vale revisitar vezes sem conta durante o inverno que vem aí. Ou verão fora, para aqueles no hemisfério sul, assim como a banda.
"Misrepresented" é mais um saborzinho de "Elevate", lançada há uns meses atrás. E ainda mais para trás ficam as muitas faixas por descobrir. Nesses singles, EP's, mini LP's e colaborações. "The Strut" vem da anterior mixtape dos 30/70 - "Cold Radish Coma", que tem cheiro de viagem e a verão.
Frequências ligadas a este Cosmic Soul que toca sem parar.. 10/10 para os 30/70.
Ahwlee & Pink Siifu join forces to create B. Cool Aid
Desde que "Cocoa" me subiu à cabeça, meses atrás, que andei convencido que este projeto, do duo Ahwlee e Siifu, iria resultar em algo de muito inovador. "Cocoa" tem pitadas de Outkast e Kendrick Lamar, as reebok drums de quem convive com MNDSGN e uma característica de blackness forte. O novo álbum, "BRWN", tem isso tudo também. Não estava errado.
“we made this project for BRWN skin. to show appreciation, admiration, to embrace, and to understand a new perspective of what we all have seen, lived, or been raised up under. this is a mixture of all rooted flavors from diff blocks, going back to the roots of accession.BRWN.”
//
A minha favorita de "BRWN" segue em baixo. E eu para sul. Até já.
Durante mais de uma década, o produtor e multi-intrumentalista Terrace Martin foi a ligação do jazz da costa oeste americana com o seu hip hop. O "missing link" entre artistas como Kendrick Lamar (para quem trabalhou em inúmeras músicas) e Snoop Dogg com outros como Robert Glasper. "The Sounds of Crenshaw Vol. 1" é nos introduzido por ele. E traz uma das faixas do momento.
"Intentions" é a perfeição de um churrasco ou de uma festa. É um hit com força, impossível de não disfrutar. Chachi faz o seu rap com uma suavidade e uma onda difícil de bater. O vídeo é a representação de tudo isto.
“don’t mind my bad intentions...
but you have my attention”
"Sounds Of Crenshaw Vol. 1" vai sendo descoberto agora. Nos campos do Jazz, do R&B e do Neo Soul com colaborações fortíssimas, ou não fosse ele, Terrace Martin, uma grande colaboração em tantos outros projetos.
A Touching Bass, de que já falamos aqui, junta músicos inspiradores baseados em Londres. Lançou um belo projecto com o nome de "Afro Chronicles: Volume One". "Babylon 1980", de Melo-Zed, é a faixa que abre a mixtape, iluminando almas.
Este primeiro volume de "Afro Chronicles" chega-me pela mão da coletividade londrina Touching Bass, uma família de disciplos da música de alma negra. Ao longo de 12 faixas originais, um conjunto talentoso de artistas, forma aqui um trabalho prazeroso de escutar e coeso ao ponto de parecer liderado por um único maestro. Talvez sim, liderado por um único set of mind e por influências comuns entre todos.
O ADN da Touching Bass é demarcado abordando diferentes estilos musicais (sem nunca perder a tal coesão de sonoridades), sempre com faixas capazes cativar os sentidos, Melo-Zed abre as hostes, definindo as frequências em que "Afro Chronicles" andará, e Jake Milliner, acompanhado pela bela voz de Bubblerap, tem um dos melhores momentos do álbum, já por si recheado deles. Outro é "T's Dream" de Molinaro, com uma percurssão que não quero parar de ouvir - atenção ao min 1:03...
Há uma ideia, uma filosofia. O poster de "Afro Chronicles", desenhado por Mason London, transpõe isso mesmo. O Sótão é lugar para coisas destas. O leitor de vinis, a colecção deles na prateleira, umas cervejas, boa gente e a noite lá fora. Aconselho o scroll down por esta página e pelos 12 posters que contam uma história. Podia ser a deste blog. Dizem eles, que este projeto da Touching Bass surgiu por acidente... como talvez todas as melhores coisas da vida.
“It’s also a homage to the endz and space, concrete jungle meeting cosmic; two elements which influence us greatly.”
Abençoado por "Afro Chronicles" e pela sua textura negra, mando isto do Sótão pró infinito. Merece ser escutado.
“keep it g, of course...”
O mote de IAM DDB refere-se ao amor que um deve manter por si próprio e pelos que o rodeiam mais proximamente, puxando da inicial de gangsta para reforçar o respeito devido a todos os que têm um similar background.
Vai entoando a frase por diversas vezes ao longo das suas músicas - como que se relembrando da linha que segue - na sua doce voz que lhes confere um tom de jazz urbano. Explorando o seu atrevimento lírico através dessa sua voz, em cima de produções obscuramente atraentes, IAM DDB tem definitivamente um toque próprio.
"Wavey, soothing and freeing", as três palavras com que define a sua arte.
Tem neste momento dois EP's editados ("WAEVEYBBY VOLUME 1", de 2016, e "Vibe, Volume 2", de 2017) e uma dezena de faixas avulsas, cheias de colaborações de nomes novos da cena hip hop e soul britânica, mais precisamente vindos de Manchester, a sua cidade, onde tudo parece muito inspirado por estes dias. IAM DDB não pára, e desde de 2016 que vem garantindo a marca do seu nome a cada release que faz. A música "Leaned Out", com INKA, é uma das melhores coisas que se escutou por aqui nos últimos tempos.
“You think you’re the wave I beg to differ
I, inherited the wave I am different cloths, different prices, different scars
Different, seduction, abduction”
Ainda a descobrir cada detalhe - e a deixar-se seduzir por eles - tomarei o moto: keep it g. of course.
Roll One Up, Homie...
Para Charlotte Dos Santos, o simbolismo do seu novo single "Red Clay" está na moldabilidade de barro (Clay), e da sua fragilidade senão lhe é aplicado a devida técnica e toque. O propósito que Charlotte dá a esta linda faixa, é o propósito que ela deu a quem se dirige a canção. Como o barro, sem o seu toque não deve ser nada. E eu sem ela estaria pior também. O play, aqui em baixo.
“Love is like the end of a rooftop
You seem to know to walk until you fall off”
Norueguesa de nome brasileiro a viver em NY, prepara o seu primeiro EP para breve. Aguardo, seguro da substância do que vem aí.
Boa gente. Juntando-se por diversas vezes a pessoal da editora nórdica Mutual Intentions, que já aqui marcou presença tantas vezes. Fredfades produz "Watching You". Linda, uma vez mais. Bem vinda Charlotte. O palco do Sótão é pequeno mas fluis tão bem por esta divisão longínqua de tudo.
Ao piano, as composições de "Antiphon" abrilhantam o que rodeia. Denso, sombrio, palpitante. Uma agridoce melancolia que é deixada em 8 longas faixas cheias de jazz com toques aqui e ali de hip hop e soul, a fazerem lembrar o mestre Robert Glasper. Criado à volta de conversas que nutrem a alma, Alfa Mist mistura neste álbum, verdadeiramente poderoso, as suas influências.
De "Antiphon" retiro para aqui as três que mais marcaram as primeiras audições, sabendo que o valor do mesmo está na reprodução ininterrupta das oito músicas que o compõem. A primeira introduz o estilo transversal ao álbum, com a melancolia, tão sua, presente em dez minutos edificantes. "Keep On" leva a que, na minha imaginação, chova lá fora e que as gotas escorram pela janela...
"Potential" segue uma conversa que aborda família, relações e crescimento pessoal. O instrumental tem umas vozes que vão acentuando a emoção enquanto a escuto. Essa já tem um lugar aqui neste Sótão... Para que não me esqueça de voltar a ela. A sexta, "Kyoki", é companhia para a alma vagabunda, que se arruma pouco a pouco, enquanto toca. Outro exemplo de harmonia irrepreensível entre os instrumentos.
Com um belíssimo "Antiphon", Alfa Mist chegou-me para os últimos dias, sabendo que muito haverá por descobrir nos cantinhos das suas composições. Em baixo a totalidade de um dos melhores álbuns que tive a oportunidade de ouvir desde o início do ano. Enjoy.