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ivan ave: "every eye"

Francisco Espregueira

Ao longo de 2017 fomos recolhendo pequenas provas de "Every Eye". O segundo LP de Ivan Ave, depois de "Helping Hands", é uma das mais antecipadas obras do ano em território europeu. O título refere-se aos vários ângulos de visão - aqueles que nós escolhemos e aqueles que escolheram para nós. Ivan Ave vai falando disso durante o álbum, tipo tema recorrente no meio de produções brilhantes influenciadas pelo funk e pelo boogie proveniente dos US na década de 80'. Convite a embarcar numa viagem que vai muito mais além de "Every Eye"... pelo passado com olhos no futuro.

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Ivan Ave e a sua crew correm sozinhos na pista. A simbiose de diferentes produtores  músicos presentes no álbum dá um toque absolutamente original a "Every Eye". Mndsgn e Fredfades (companheiro na editora de Oslo - Mutual Intentions) voltam a contribuir em força. Kaytranada colabora com o lendário Dâm-Funk numa faixa cheia de vapor... Kiefer entra com magia nas teclas, assim como o parceiro próximo Arthur Kay Piene. Dj Harrison & Sir Froderick... a trompete de Kristoffer Eikrem. As combinações são quase infinitas. Funk, boogie, jazz, soul e hip hop para dias e dias. Ivan Ave aventura-se para lá das rimas, cantando nos refrões em estilo próprio.

O álbum não segue um género fixo e paira com leveza em cima de qualquer característica que lhe queiramos apontar. Não falta a sabedoria de Ivan Ave, gravando o disco como se fosse o seu próprio livro de auto-ajuda, lidando com os mecanismos da mente, do coração e do mundo que vê (ou não vê). "Every Eye" segue sim um conceito consistente com o universo de ideias e palavras de Ivan Ave. Musicalmente dinstinto do antecessor "Helping Hands", mas pertencente a esse mesmo universo de criatividade.

E entrando por "Every Eye" vibra todo este Sótão no momento em que é soltado um «hey» e a batida de "Now You See Me" cai... O resto segue pelos trilhos do boogie e do funk, aos quais Ivan Ave adiciona quantidades infinitas de flow. Em "One Eye" ouve-se «one eye open and one eye drifting away». Em "Squint" «don't stare to hard now... all that noise in the corner of your eye». Olhos abertos.

now you see me
now you don’t

notas

Francisco Espregueira

Play. Som de baixa fidelidade nas colunas. Som de marca deste tipo. A assinatura diz ntourage. Horas tardias e sós.

Asal Hazel é um novo nome que surge hoje à noite. Voz bem no estilo R&B americano. Qualidade no intrumental que define todo um mood. Mndsgn é um dos produtores do momento.

Para fechar antes de sair para os sonhos, toquezinhos vindos do Brasil. Novamente a baixa fidelidade e as batidas em loops hipnotizantes.

especial : ivan ave

Francisco Espregueira

Houve certos artistas que tive o prazer de ouvir incontáveis vezes, de um modo louco e obssessivo, durante este ano. No entanto, não haverá nenhum com quem me tenha identificado tanto do que Ivan Ave. Depois de ser introduzido a "The Circle", depois de ouvir por inteiro o álbum "Helping Hands", percebi que Ivan Ave tinha algo muito característico com o qual me relaciono imediatamente.

As influências base para a sua arte são evidentes, percorrendo o jazz, a soul e o funk de câmara lenta - louros devidos também aos produtores a quem se foi associando. E eu, super influenciado pela forma abstrata de partilhar a mensagem e pela maneira como percorre as batidas com a sua voz. Deixando aqueles 'huh's' e 'nah's' nos fins de versos... Na verdade, conheçê-lo mais a fundo e ter passado uma audição atenta por tudo o que fez para trás, abriu-me a porta a novos artistas e às respectivas colectividades e editoras, a novas sonoridades e abordagens. Malta talentosa e desconhecida do grande público.

Junto então ao blog muitos desses nomes, enquanto vou curtindo por aqui na minha paz. Olho para a lista e orgulho-me. Entre colaborações e faixas a solo, um denominador comum: Ivan Ave!

"Do you realize this generation doesn't have slow jams at parties? This is partly why men don't know how to talk to women anymore."

PS: a obra prima de Ivan Ave chama-se "Helping Hands" e está aqui!